Uma menina, pouca idade, olhos marcantes, lábios macios, e uma expressão inocente.
Sentia-se tão só, mas não sabia de onde vinha tanta tristeza, não se lembrava de muitas coisas, estranhamente, quando tentava se lembrar, nada vinha além de uma dor imensa e logo depois sentia seu rosto inundando-se de lágrimas. Sentia-se incapaz de ser amada, sua vida era de certa forma vazia. Não sei ao certo o que ela buscava acredito que nem ela mesma sabia (...)
Sentou-se na calçada, pés descalços, ascendeu seu cigarro, e ficou ali pensando nos passos que havia dado, nos últimos dias, pensando no que poderia haver de errado com ela, porque não entendia que as vezes as coisas terminam sem nem ao menos terem começado, e outras começam sem fim (...) Passadas algumas horas, sozinha, ela havia perdido a noção do tempo, mergulhada em pensamentos, levantou-se, sentiu-se tonta e desmaiou.

Enquanto estava desacordada, sonhou com um lindo diário bordo, que ficava encima de uma pequena mesinha de vidro. Se aproximou do pequeno e delicado livro, e viu inscrito na capa, suas iniciais BM (...) entranhou o fato de não se lembrar daquele mimo. Pegou ele em suas mãos e sentou-se na cama que ficava poucos centímetros da mesinha, olhou em volta, e não sabia o porque mais aquele lugar lhe parecia familiar, mais não conseguia saber o porque. Delicadamente abriu o pequeno diário em uma pagina aleatória, deparou-se então com uma historia (...)

(...) será que continuo?